A sinergia institucional entre universidades e empresas como fonte de novas tecnologias

Fabiana Cunha Leão Pompermayer

fabiana.educato@gmail.com

Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, RJ, Brasil.

Estefan Monteiro da Fonseca

oceano25@hotmail.com

Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, RJ, Brasil.


A base para qualquer país promover processos de inovação tecnológica é investir em uma forte capacitação científica e técnica (Homma et al., 2002). Neste sentido, ao longo de sua história, o Brasil tem apoiado as atividades de pesquisa e a formação de capital crítico, resultando em um enorme potencial de inovação tecnológica em múltiplas áreas. Como resultado, o protagonismo do desenvolvimento tecnológico nacional passa a ser do Estado, o qual incentiva as relações entre instituições de pesquisa e as empresas do meio no qual estão inseridas. Neste cenário, no caso do Brasil, destacam-se as Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), dentre elas as universidades, vistas como geradoras de novos conhecimentos (Niosi, 1999, Cripps et al. 1999, Shane, 2004).

Por outro lado, a visão da finitude dos recursos disponíveis em nosso planeta, tem resultado em esforços das empresas e outras instituições na busca da calibração dos métodos de trabalho para melhoria dos níveis de competitividade e de enfrentamento dos novos tempos. Desse modo, entra em cena um mundo repleto de tecnologias emergentes. Os novos tempos exigem e exigirão, cada vez mais, inovação tecnológica em todos os modelos de trabalho e de pesquisas.

Por essa razão, as universidades e as empresas iniciam um processo de sinergia institucional para, em conjunto, propiciarem este novo cenário. As universidades saem fortalecidas ao representarem áreas férteis para “oportunidades científicas e tecnológicas” para a inovação. As empresas, por sua vez, consistem em ambientes de “otimização de recursos” uma vez que suas existências estão alicerçadas na economia de capital e por serem o elo direto com a sociedade.

Dentro deste contexto, o presente número da Revista Sistemas e Gestão aborda assuntos como “Gestão de Projetos em uma Instituição de Pesquisa”, “Avaliação de Desempenho” e “Aspectos referentes a Otimização do Gerenciamento”, como forma de salientar a importância e os ganhos para ambos os atores quando dispostos em parcerias.

Nos artigos supracitados, aspectos referentes ao ambiente dinâmico empresarial e inovador acadêmico são direto ou indiretamente abordados, promovendo o estímulo a modernização, permitindo a aproximação ainda maior destes mundos, e assim, gerando benefícios para ambos os lados.

Por fim, o presente número descreve ainda, através de estudos sobre eventos extremos, dados climatológicos referentes às duas maiores bacias petrolíferas do território brasileiro, de forma a apoiar o desenvolvimento de procedimentos e tecnologias para mitigar danos causados por acidentes em suas operações, destacando a importância de pesquisas que contribuam para esse fim.


REFERÊNCIAS

Cripps, D. et al., (1999), University research: technology transfer and commercialization practices,, Commissioned Report Vol. 60. Canberra, Australian Research Council.

Homma, Akira; Martins, Reinaldo Menezes; Jessouroum, Ellen and Oliva, Otavio. (2003), Technological development: a weak link in vaccine innovation in Brazil. Hist. cienc. saude-Manguinhos [online]., Vol. 10, suppl.2, pp. 671-696.

Niosi, J. (1999), Fourth-Generation R&D: From Linear Models to Flexible Innovation. Journal of Business Research, Vol. 45, pp. 111 117, 1999.

Shane, S. A. (2004), Academic entrepreneurship: University Spinoffs and Wealth Creation. Edward Elgar Publishing.


Recebido: 25 abr. 2021

Aprovado: 25 abr. 2021

DOI: 10.20985/1980-5160.2021.v16n1.1722

Como citar: Pompermayer, F.C.L., Fonseca, E.M. (2021). A sinergia institucional entre universidades e empresas como fonte de novas tecnologias. Revista S&G 16, 1, 1-2. https://revistasg.emnuvens.com.br/sg/article/view/1722