A teoria dos stakeholders como ferramenta de planejamento estratégico na aquicultura: estudo de caso na região Norte - Amazônica (Pará) e na região Nordeste (Ceará) do Brasil

João Felipe Nogueira Matias

jfn.matias@gmail.com

Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNCAP, Fortaleza, CE, Brasil.

Raimundo Aderson Lobão de Souza

adersonlobao@globo.com

Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, Belém, PA, Brasil.

Mariana Lopez Matias

marilopez.matias@gmail.com

Universidade de Fortaleza – UNIFOR, Fortaleza, CE, Brasil.

Viviana Lisboa

viviana.lisboa.lisboa@gmail.com

Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNCAP, Fortaleza, CE, Brasil.

Karla Maria Catter

kmcatter@yahoo.com

Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNCAP, Fortaleza, CE, Brasil.

Halana Rodrigues Freire Eloy

halanarodrigues@gmail.com

Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNCAP, Fortaleza, CE, Brasil.

Rochelle Cruz de Araújo Bezerra Vidigal

rochelle.cruz@cedepesca.net

Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNCAP, Fortaleza, CE, Brasil.

Rossi Lelis Muniz de Souza

rossilelis@gmail.com

Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNCAP, Fortaleza, CE, Brasil.


RESUMO

Os estados do Pará e do Ceará são destaques na aquicultura nas regiões Norte (Amazônica) e Nordeste do Brasil, respectivamente. Estes estados estão desenvolvendo políticas públicas para proporcionar o desenvolvimento desta atividade, com base na Teoria dos stakeholders. O uso da análise dos stakeholders como ferramenta para o planejamento estratégico tem se tornado bastante popular nos campos da administração e no desenvolvimento de políticas públicas nas duas últimas décadas Xavier (2010). Este O objetivo deste trabalho é identificar o perfil socioeconômico dos stakeholders e dos aquicultores do Pará e do Ceará; identificar as principais forças, oportunidades, fraquezas e ameaças e definir prioridades a serem levadas em conta na elaboração de políticas públicas que proporcionem o desenvolvimento da aquicultura nestes dois estados. Foram realizadas oficinas técnicas para realizar o levantamento de informações in loco; no período de agosto de 2019 a fevereiro de 2020, nas quais foram utilizadas as seguintes técnicas: aplicação de um questionário semiestruturado para fins de identificação do perfil socioeconômico dos stakeholders e dos aquicultores; elaboração da matriz SWOT para a identificação das principais forças, oportunidades, fraquezas e ameaças, e elaboração da Matriz GUT para a definição de prioridades. Os resultados encontrados permitiram atingir os objetivos propostos neste estudo e estão descritos na seção específica. As principais limitações da pesquisa foram a ausência de dados relativos aos stakeholders da aquicultura, que não sejam os próprios aquicultores, bem como a pouca disponibilidade de informação referente às questões de planejamento e gestão estratégica para a aquicultura. A principal contribuição deste estudo diz respeito à utilização de uma ferramenta de gestão – a Teoria dos stakeholders, para a geração de informações para a elaboração de políticas públicas setoriais e sua originalidade pode ser atestada pela identificação do perfil socioeconômico dos stakeholders da aquicultura, uma vez que trabalhos anteriores utilizam, basicamente, somente os aquicultores.

Palavras-chave: Teoria dos Stakeholders; Aquicultura; Pará; Ceará.

INTRODUÇÃO

A análise dos stakeholders é reconhecida como uma tendência que visa aliar os objetivos da organização com o ambiente externo e às demandas dos stakeholders que evidenciam os valores, princípios e processos que regem os mecanismos de gestão de projetos. Esse é um reconhecimento dos gestores, pesquisadores e políticos sobre a importância dos stakeholders, bem como o reconhecimento sobre o seu potencial de influência sobre as organizações (Brugha e Varvasovszky, 2000).

O conceito de stakeholder pode ser expresso como qualquer indivíduo ou grupo que pode afetar ou é afetado pelos objetivos e pelas atividades de uma organização (Freeman, 1984). Stakeholders podem ser pessoas ou quaisquer grupos que possuam interesses legítimos nas atividades de determinada organização, ao mesmo tempo em que esta, também possui interesse em se relacionar com tais grupos ou pessoas (Donaldson e Preston, 1995). De acordo com Pinto e Oliveira (2003), os stakeholders são grupos ou indivíduos que afetam a organização, ou são significativamente afetados por esta, ao atingir os seus objetivos. Já para Mascena (2015), Soares et al. (2014), Vale (2014), PMI (2013) e Teixeira e Moraes (2013), há várias definições para stakeholders, contudo, estas definições podem ser traduzidas como “partes interessadas”. Estas partes podem ser: clientes, fornecedores, governo, grupos da sociedade, parlamento, colaboradores etc. Já Teixeira Neto (2019) afirma que, de acordo com o entendimento comum, os stakeholders são pessoas ou grupos que dependem de uma organização para alcançarem seus objetivos e metas e de quem, por sua vez, a organização depende.

Machado (2019) afirma que estudos sobre a gestão de stakeholders foram desenvolvidos para que as organizações reconheçam e analisem as características desses grupos e suas conexões com estratégia e longevidade da organização. Segundo Barney e Harrisson (2018), a teoria dos stakeholders pode ser usada, está sendo usada e deveria ser usada para informar a tomada de decisões de negócios, além de ser uma área cheia de oportunidades para novas investigações em uma ampla variedade de disciplinas. Banzato (2019) cita que os stakeholders podem ser identificados pela possessão dos seguintes atributos: poder de influenciar a organização, legitimidade dos relacionamentos dentro da organização e urgência na reinvindicação sobre a organização com o poder ganhando autoridade a partir da legitimidade e sendo exercido a partir da urgência.

Alcaniz et al. (2019) afirmam que a abordagem dos acionistas (shareholders) parece ser predominante contra a abordagem das partes interessadas (stakeholders). Porém, Couto (2020) cita que devido à importância que os stakeholders têm na participação das organizações, a teoria dos stakeholders tem obtido cada vez mais destaque na literatura, dando mais atenção aos interesses de outros grupos de indivíduos e não apenas aos acionistas, como na teoria dos Shareholders. Por sua vez, Stocker et al. (2019) adicionam que a análise das redes de stakeholders tem se revelado promissora para investigar as interconexões entre os múltiplos stakeholders e suas influências nas organizações.

A Teoria dos stakeholders considera que a organização deve procurar atender os interesses destes, atuando como agente (princípio da legitimidade), devendo fazê-lo também para garantir a sobrevivência da organização e os benefícios advindos dessa relação em longo prazo (Freeman, 1984). Essa abordagem nos leva a crer na legitimidade que os stakeholders vêm assumindo nesta nova concepção de relacionamento organizacional. O entendimento desses últimos possibilita compreender a complexidade das relações relacionadas à organização (aquicultura cearense e paraense) considerada neste trabalho, considerando os direitos, objetivos, expectativas e responsabilidades referentes a cada ator que compõe tais grupos (Clarkson, 1995). A participação efetiva desses stakeholders referendou as informações levantadas e que balizaram a elaboração destes diagnósticos regionais, os quais, por sua vez, serviram de base para a elaboração dos Planos de Desenvolvimento da Aquicultura do estado do Pará e do Ceará.

A organização, ao focar no potencial dos stakeholders, pode reconhecer suas necessidades emergentes, elaborar e/ou modificar planos para o desenvolvimento de suas atividades. Desta forma, de acordo com a Teoria dos stakeholders, a Organização passa a ser a aquicultura nos dois estados trabalhados e estes planos devem atender aos interesses destes grupos de indivíduos que influenciam e são influenciados por esta atividade.

A FAO (2008) define a aquicultura como o cultivo de organismos aquáticos em áreas continentais ou costeiras, que implica por um lado, na intervenção no processo de criação para melhorar a produção e por outro lado, na propriedade individual ou empresarial do estoque cultivado. Já no Brasil, esta atividade é definida como a atividade de cultivo de organismos cujo ciclo de vida em condições naturais, se dá total ou parcialmente na água, implicando a propriedade do estoque sob cultivo, equiparada à atividade agropecuária (Brasil, 2009).

De acordo com o IBGE (2019), O Brasil produziu 579.260 toneladas de pescado cultivado em 2018, dos quais, os peixes de água doce foram responsáveis por 519.270 toneladas, os camarões marinhos por 45.759 toneladas e os moluscos marinhos (ostras, mexilhões e vieiras) por 14.231 toneladas.

A aquicultura na Região Norte (Amazônica) é essencialmente realizada pelo cultivo de peixes de água doce (basicamente de Tambaqui – Colossoma macropomum) e a Tabela 1 apresenta os dados da produção aquícola de todos os estados desta Região:

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Já a aquicultura na Região Nordeste é essencialmente realizada pelo cultivo de peixes de água doce (basicamente de Tilápia – Oreochromis niloticus) e de camarão marinho (Litopennaeus vannamei) e a Tabela 1 apresenta os dados da produção aquícola de todos os estados desta Região:

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O estado do Pará é um dos 7 (sete) estados que compõem a Região Norte (Amazônica) do Brasil e segundo o IBGE (2019), a produção aquícola paraense em 2018 foi de 13.630 toneladas. Deste total, a produção de peixes foi de 13.500 toneladas (99,04%), a produção de ostras foi de 70 toneladas (0,51%) e a de camarão marinho cultivado foi de 60 toneladas (0,44%).

Já o estado do Ceará é um dos 9 (nove) estados que compõem a Região Nordeste do Brasil e segundo o IBGE (2019), a produção aquícola cearense em 2018 foi de 24.197 toneladas. Deste total, a produção de camarão marinho cultivado foi de 13.500 toneladas (54,17%) e a produção de peixes foi de 11.000 toneladas (45,83%).

MÉTODO

A coleta de dados é uma das etapas da pesquisa que objetiva adquirir informações sobre a realidade e que, uma vez definidos os objetivos da pesquisa, os instrumentos de coleta de dados podem ser definidos (Bastos, 2012). Esta autora afirma ainda, que existem várias técnicas e formas de realizar a coleta dos dados das quais, as mais utilizadas são: as entrevistas, os questionários, os formulários e a observação.

Neste trabalho foram utilizados questionários semiestruturados, os quais foram aplicados por ocasião das oficinas técnicas realizadas durante a execução deste trabalho e englobaram as 14 regiões de integração do estado do Pará e as 7 regiões de planejamento do estado do Ceará (que concentram 90% da aquicultura no estado).

A aplicação deste questionário permitiu elaborar o perfil socioeconômico dos stakeholders da aquicultura e dos aquicultores dos estados do Pará e do Ceará; identificar as principais forças, oportunidades, fraquezas e as ameaças desta atividade; assim como definir as prioridades a serem trabalhadas na forma de políticas públicas que proporcionem o desenvolvimento da aquicultura nos estados trabalhados.

Já a análise dos dados teve por finalidade estabelecer uma compreensão dos dados coletados, responder às questões formuladas e apresentar os perfis socioeconômicos dos stakeholders e aquicultores dos estados estudados.

Pará

O estado do Pará é dividido em 12 (doze) Regiões de Integração (www.seplag.pa.gov.br), nas quais os diagnósticos regionais foram realizados: Guamá, Rio Caeté, Rio Capim, Guajará, Marajó, Baixo Amazonas, Tapajós, Xingu, Carajás, Araguaia, Tocantins e Lago de Tucuruí. Esses diagnósticos foram elaborados após a realização de 09 (nove) oficinas técnicas no período de agosto a dezembro de 2019, nas seguintes cidades-sede: Castanhal, Paragominas, Belém, Altamira, Santarém, Marabá, Xinguara, Abaetetuba e Tucuruí. Essas cidades-sede das oficinas técnicas contemplaram as 12 (doze) regiões de integração do Pará. Durante estas 9 (nove) oficinas houve a participação de 336 stakeholders (Tabela 3):

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Ceará

O estado do Ceará é dividido em 14 Regiões de Planejamento (www.ipece.ce.gov.br) e 90% da produção aquícola cearense está concentrada em 7 (sete) destas regiões: Vale do Jaguaribe, Centro-Sul, Litoral Leste, Litoral Norte, Grande Fortaleza, Maciço de Baturité e Litoral Oeste/ Vale do Curu. Desta forma, os diagnósticos regionais desta pesquisa foram realizados nessas 7 (sete) regiões de planejamento. Esses diagnósticos foram elaborados após a realização de 06 (seis) oficinas técnicas no período de setembro de 2019 a fevereiro de 2020, nas seguintes cidades-sede: Jaguaribara, Iguatu, Aracati, Jaguaruana, Orós e Acaraú. Essas cidades-sede das oficinas técnicas contemplam 04 (quatro) das 07 (sete) regiões de planejamento nas quais a aquicultura possui maior importância no estado do Ceará (Vale do Jaguaribe, Centro-Sul, Litoral Leste e Litoral Norte). As regiões de planejamento da Grande Fortaleza, do Maciço de Baturité e do Litoral Oeste/ Vale do Curu não se enquadraram na metodologia proposta para a realização das oficinas técnicas, em virtude das suas produções aquícolas serem bastante restritas a 4 (quatro) empresas/ produtores e não a um diverso número de stakeholders e/ou de aquicultores. Durante essas 6 (seis) oficinas houve a participação de 122 stakeholders (Tabela 4):

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Dados primários

Em cada oficina foram coletadas informações que permitiram a elaboração do perfil socioeconômico e o enquadramento dos stakeholders participantes no Critério de Classificação Econômica Brasil.

Os dados primários usados para a elaboração deste perfil socioeconômico foram obtidos por meio de um questionário semiestruturado, aplicado durante a realização das oficinas técnicas. Foi empregado o método de amostragem não-probabilística de conveniência, recomendado por Guimarães (2008), que tem a vantagem de tornar relativamente simples a seleção da amostra e a coleta dos dados.

O questionário foi composto por perguntas abertas e fechadas, com informações socioeconômicas (gênero, sexo, idade, estado civil, residência, número de determinados itens na residência, escolaridade etc.) e técnicas (área e espécie cultivada, produção estimada, modelo de aquicultura praticado, origem das sementes, tipo de ração, fonte de recursos financeiros, licenciamento ambiental, assistência técnica etc.).

A parte socioeconômica do questionário teve por base o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), ou Critério Brasil, que segundo Appolinário (2009), tem por objetivo segmentar a população brasileira em estratos divididos de acordo com o seu poder de compra, as chamadas classes econômicas.

O Critério Brasil é um sistema de classificação que vem sendo desenvolvido desde o início dos anos 1970 e que vem sendo revisado e consolidado desde então. A classificação CCEB é realizada através de um sistema de pontuação que leva em consideração basicamente dois grandes fatores: o nível de escolaridade e a presença de determinados itens na residência do sujeito de pesquisa.

De acordo com a pontuação acumulada, os indivíduos entrevistados foram classificados em classes econômicas (Tabela 5).

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Além das classes sociais, os questionários proporcionaram o levantamento de diversas informações dos stakeholders e dos aquicultores presentes nas oficinas e desta forma foi possível elaborar os respectivos perfis socioeconômicos e realizar uma análise comparativa entre esses perfis dos dois estados estudados.

Para a identificação das forças, oportunidades, fraquezas e ameaças, foi utilizada a elaboração da Matriz SWOT. A matriz SWOT é a sigla para strengths, weakness, opportunities e threats (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) a qual é uma ferramenta que permite fazer avaliação e gestão estratégica competitiva (LOBATO, et al, 2003).

Foram relacionadas as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo com as forças e fraquezas mapeadas no ambiente interno da atividade (neste caso, a aquicultura nos estados do Pará e do Ceará).

Já para a definição das prioridades foi utilizada a Matriz GUT. Esta matriz é a representação de problemas ou riscos potenciais, através de quantificações que buscam estabelecer prioridades para abordá-los, visando minimizar os impactos (Cierco et al., 2003). Em cada oficina técnica foi feita a identificação dos principais problemas e a definição de prioridades a serem trabalhadas. Os problemas foram elencados e analisados sob os aspectos de gravidade (G), urgência (U) e tendência (T), utilizando-se um número inteiro entre 1 e 5 a cada uma das dimensões, correspondendo o 5 à maior intensidade e o 1 à menor, multiplicando-se os valores obtidos para G, U e T a fim de se obter um valor para cada problema analisado. Os fatores que obtiveram maior pontuação foram elencados como sendo prioritários.

Dados Secundários

Os dados secundários foram levantados por meio de levantamento bibliográfico de trabalhos pretéritos e informações disponíveis em órgãos e entidades oficiais e/ou de representação de produtores (FAO, IBGE, dentre outros).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados foram apresentados em três segmentos e por estado: identificação do perfil socioeconômico, análise SWOT e definição de prioridades.

Identificação do perfil socioeconômico

Inicialmente foram identificados os perfis socioeconômicos dos stakeholders dos dois estados trabalhados e que estão apresentados na Tabela 6:

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Em relação ao enquadramento em classes sociais, a maior ocorrência entre os stakeholders presentes às oficinas nos dois estados estudados foi da classe B2; sendo que no Ceará essa participação foi de 24% e no Pará foi de 32%. Por sua vez, de acordo com ABEP (2019), 10,5% dos habitantes da região Nordeste estão enquadrados na classe social B2 e 11,7% dos habitantes da região Norte estão enquadrados nesta mesma classe.

Constatou-se que 82% dos stakeholders da aquicultura no Ceará foram do sexo masculino, enquanto no Pará, 78% foram do mesmo gênero, o mesmo encontrado por Matias (2012); Nakauth et al., (2015), Araújo (2015), Torres (2017) e Sousa et al., (2019). Quanto ao estado civil a maioria encontrada nos dois estados pesquisados é de casados, fato corroborado por Oliveira e Florentino (2018) no Amapá, e Victorio (2019).

No estado do Ceará a faixa etária predominante dos atores foi de 41-50 anos, próximo ao encontrado por Souza e Pessoa (2014), em Minas Gerais (41-60 anos). No Pará a maioria dos aquicultores estudados estão com idade entre 31-40 anos.

Observou-se que em ambos os estados existe um grande percentual de stakeholders que possui residência própria (84%, no Ceará e 85%, no Pará), corroborando o que foi relatado para distintas regiões do Brasil por Passarinho (2011), Oliveira (2017), Oliveira e Florentino (2018) e Sousa et al. (2019).

No estado do Ceará, a maioria dos stakeholders possui Ensino Médio Completo ou Ensino Superior Completo (26% cada); enquanto no Pará a maioria (44%) possui o Ensino Superior Completo. Esse bom nível de escolaridade nos dois estados da federação, provavelmente se deve a que grande parte dos stakeholders mora em cidades que possuem fácil acesso à educação formal.

A renda média dos stakeholders no Ceará foi de 1 a 2 salários mínimos (37%); vindo ao encontro de Brabo et al., (2017). No estado do Pará, a renda média foi acima de 5 salários mínimos (27%). Esta renda média alta do Pará se deve a participação efetiva de profissionais liberais e funcionários públicos nas oficinas, diferentemente do Ceará, que teve uma participação maior de aquicultores (piscicultores e carcinicultores).

Posteriormente, foram identificados os perfis socioeconômicos dos aquicultores dos dois estados trabalhados e que estão apresentados na Tabela 7:

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Quanto a caracterização dos aquicultores nos estados pesquisados, temos que, no Ceará 67% utilizaram recursos próprios para a produção, enquanto no Pará, 93% utilizaram recursos próprios. Estes resultados nos mostram a dificuldade de se obter financiamento para a aquicultura, o que pode ser corroborado por Costa et al. (2015) e Sousa et al. (2019). Porém, no Pará esta dificuldade foi bem mais acentuada do que no Ceará.

Em relação à regularização ambiental, 65% dos aquicultores cearenses não possuem o licenciamento ambiental; enquanto no Pará, 59% não possuem este instrumento. Este é colocado como um dos maiores entraves ao desenvolvimento da aquicultura no Brasil (Brito et al., 2017, Silva et al., 2017 e Valle et al., 2017).

A grande maioria dos aquicultores presentes nas oficinas produzem até 5 hectares, sendo que no Ceará este percentual foi de 96% e no Pará, 91%. Já em relação ao total produzido por ano, 57% dos aquicultores cearenses relataram produzir até 50 toneladas por ano; enquanto 94% dos paraenses relataram produzir esta quantidade. Estas duas características caracterizam majoritariamente os aquicultores nos dois estados como microprodutores.

Os principais organismos cultivados no Ceará foram: a tilápia do Nilo – Oreochromis niloticus, cultivada em tanques-rede, o mesmo encontrado por Furlaneto et al. (2006); Oliveira et al. (2007); Sabbag et al. (2007) e Leonardo et al. (2018) e o camarão marinho – Litopennaues vannamei, cultivado em viveiros. Já no Pará, a principal espécie cultivada foi o tambaqui - Colossoma macropomum, o mesmo encontrado por Brabo et al. (2017), Zacardi et al. (2017) e IBGE (2018).

A maioria dos produtores dos dois estados utiliza ração comercial (91% no Ceará e 77% no Pará), fato relatado por outros autores (Oliveira et al.,2014, Sousa et al.,2019). Este insumo é um dos grandes entraves do desenvolvimento da aquicultura no Pará, devido ao elevado preço, que chega a representar 70% do custo total (Souza et al.,2015).

No estado do Ceará, 85% dos aquicultores relataram realizar o monitoramento da qualidade da água dos cultivos e 72% afirmaram ter assistência técnica. Já no Pará, 64% relataram realizar o monitoramento da qualidade da água e 53% afirmaram ter assistência técnica. Estes fatos, em tese, deveriam favorecer o desenvolvimento da atividade; entretanto, na prática, isso não se reflete nos resultados; visto a baixa produtividade, principalmente no Pará, talvez por falta de melhor interpretação e tomada de decisão por parte dos produtores ou de quem faz essas análises.

Pará – Análise SWOT

No estado do Pará temos as principais forças identificadas como os recursos naturais, a disponibilidade de insumos, as instituições de apoio, os grandes lagos (altas capacidades de suporte – Tucuruí e Belo Monte) e a vontade política. Como maiores oportunidades temos a disponibilidade de matéria prima para rações alternativas, as instituições de ensino e pesquisa, as novas tecnologias, a modernização dos cultivos e o Plano de Desenvolvimento da Aquicultura do estado do Pará. As fraquezas foram explicitadas pela precária regulamentação ambiental e fundiária, a assistência técnica precária e insuficiente, a baixa competitividade e a inspeção sanitária. Já as ameaças foram representadas pelas enfermidades, a legislação ambiental, os aspectos sanitários, a descontinuidade de ações por parte do poder público e as externalidades não controláveis.

F

Pará - Definição das Prioridades

• Regularização ambiental e fundiária

• Assistência técnica

• Geração de dados e informações

• Modernização dos cultivos

• Inovações tecnológicas

• Aspectos de sanidade

• Ordenamento das águas públicas para fins de aquicultura

Ceará – Análise SWOT

No estado do Ceará temos as principais forças identificadas como os recursos naturais, a disponibilidade de insumos, o alto consumo de pescado (tilápia), a tradição na atividade aquícola e a vontade política. Como maiores oportunidades temos o grande mercado local para tilápias e o internacional para o camarão, as instituições de ensino e pesquisa, as novas tecnologias, a modernização dos cultivos e o Plano de Desenvolvimento da Aquicultura do estado do Ceará. As fraquezas são explicitadas pela dificuldade de regulamentação ambiental e fundiária, a assistência técnica precária e insuficiente, a baixa competitividade, a limitação hídrica e a inspeção sanitária. Já as ameaças são representadas pelas enfermidades, a legislação ambiental, os aspectos sanitários, a descontinuidade de ações por parte do poder público e as externalidades não controláveis.

F

Ceará - Definição das Prioridades

• Regularização ambiental e fundiária

• Assistência técnica

• Geração de dados e informações

• Modernização dos cultivos

• Inovações tecnológicas

• Aspectos de sanidade

• Ordenamento das águas públicas para fins de aquicultura

*CONCLUSÕES

A maior ocorrência de stakeholders enquadrados na classe social B2 pode ser justificada pela presença de empresários, profissionais liberais e funcionários públicos presentes nas oficinas, no Pará. Já no Ceará, este percentual pode ser explicado pela presença de atores ligados à carcinicultura, atividade mais rentável do ponto de vista socioeconômico em relação às outras atividades aquícolas.

Os Stakeholders da aquicultura nos dois estados foram predominantemente do sexo masculino, com estado civil casado e com idade entre 31 e 50 anos; possuem casa própria, na qual residem até 5 moradores, com água encanada e em ruas pavimentadas.

A escolaridade dos stakeholders presentes nas oficinas foi alta em ambos os estados estudados, com ensino médio completo ou ensino superior completo; o que nos faz concluir que há uma boa massa crítica trabalhando no ramo da aquicultura, o que pode explicar, em parte, o recente desenvolvimento da atividade no país.

A renda média no Ceará foi de 1 a 2 salários mínimos e no Pará acima de 5 salários mínimos. Esta diferença pode ser explicada pela grande participação de piscicultores no Ceará (renda mais baixa) e de profissionais liberais e funcionários públicos no Pará (renda mais alta).

Ficou evidenciado o pouco acesso ao financiamento para a aquicultura em ambos os estados. Isto é motivado por diversos fatores, tais como: a dificuldade de regularização ambiental e fundiária, a falta de informação dos produtores localizados em regiões longínquas, o endividamento e a burocracia para aqueles que possuem a informação. Apesar de não impedir a produção, este fator compromete o desenvolvimento da atividade.

A aquicultura em ambos os estados estudados ainda é basicamente realizada por microprodutores, tem baixa produtividade e pouca competitividade, o que requer políticas públicas setoriais que possibilitem o desenvolvimento desta atividade em bases mais sustentáveis.

Em relação às forças, oportunidades, fraquezas e ameaças, no que diz respeito aos aspectos gerais, podemos concluir que as informações geradas são muito parecidas, o que demonstra uma similaridade entre a aquicultura dos dois estados. Porém, quando se levam em conta os aspectos locais, observou-se diferenças significativas principalmente em relação à disponibilidade hídrica (favorável ao Pará) e à competitividade da aquicultura (favorável ao Ceará).

As prioridades definidas em ambos os estados foram as mesmas, realçando as enormes similaridades dos problemas que afetam a aquicultura brasileira.


REFERÊNCIAS

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Recebido: 22 mai. 2020

Aprovado: 23 out. 2021

DOI: 10.20985/1980-5160.2021.v16n1.1640

Como citar: Matias, J.F.N., Souza, R.A.L., Matias, M.L., Lisboa, V., Catter, K.M., Eloy, H.R.F., Vidigal, R.C.A.B., Souza, R.L.M. (2021). A teoria dos stakeholders como ferramenta de planejamento estratégico na aquicultura: estudo de caso na região Norte - Amazônica (Pará) e na região Nordeste (Ceará) do Brasil. Revista S&G 16, 1, 34-43. https://revistasg.emnuvens.com.br/sg/article/view/1640