A contribuição da universidade corporativa na disseminação da responsabilidade social

Ruth Araujo Dantas da Silva

htur.silva@gmail.com

Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Marcelo Jasmim Meirino

marcelojm@id.uff.br

Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Nicholas Ludolf

nicholasuff@gmail.com

Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Fabio Aquino

faquin98@gmail.com

Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.


RESUMO

Este estudo tem como objetivo identificar de que maneiras a universidade corporativa pode contribuir para a promoção da responsabilidade social no ambiente de trabalho. Trata-se de uma pesquisa em uma empresa do segmento de óleo e gás com localização em vários estados brasileiros, elaborado com base em pesquisa qualitativa para captar a percepção dos empregados sobre responsabilidade social. Os resultados demonstraram a importância da universidade corporativa na promoção da responsabilidade social como valor agregado aos negócios da empresa. A partir dos resultados desse estudo, espera-se estimular a redução da lacuna entre o discurso e a prática.

Palavras-chave: Educação; responsabilidade social; desenvolvimento


INTRODUÇÃO

A universidade corporativa (UC) surge em meio às mudanças ocorridas no mundo do trabalho para atender as demandas do negócio, por meio da constante evolução da transferência do conhecimento para os interessados, e as demandas do próprio negócio (Giuri et al., 2019). Normalmente está ligada à gestão e atua no processo de capacitar as lideranças, o que possibilita o autoengajamento dos gestores e amplia o processo de aprendizagem nas novas metodologias de trabalho.

Desta forma, analisar o papel da UC no processo de internalização dos valores da responsabilidade social como valor agregado ao funcionário e ao negócio da empresa é importante (Bavik, 2019). A universidade, enquanto formadora de opinião, pode atuar como meio de disseminação da responsabilidade social como valor para o desenvolvimento da cidadania, contribuindo para a sustentabilidade do negócio da empresa, melhoria da qualidade de vida e preservação do meio ambiente.

A empresa socialmente responsável precisa ser um agente de mudanças a partir do seu público interno, possibilitando o diálogo com a cultura organizacional, e, portanto, agregar valor e vantagem competitiva para os negócios da empresa. Significa que a responsabilidade social não será ampla e plena enquanto não estiver absorvida nas práticas dos indivíduos que trabalham na e com a empresa que assume essa postura (Leandro; Rebelo, 2011).

Ser socialmente responsável, segundo Ashley (2005), vai além de apoiar um projeto social de forma voluntária, mas é adotar uma postura, um comportamento e ações que promovam o bem-estar do público interno e externo, indicando o comprometimento e o compromisso com a sociedade.

A organização moderna é aquela que possui políticas de gestão que favorecem, atraem, mantém e desenvolvem um profissional capaz de aprender e compartilhar conhecimento, surgindo como alternativa ao treinamento tradicional a UC (Santos et al., 2012).

Os dados foram coletados para identificar a percepção corporativa de responsabilidade social, de modo que possibilite a UC buscar formas de promover a disseminação e fortalecimento da cultura da responsabilidade social na empresa.

Espera-se, com os dados coletados, chegar a uma proposta de melhor modo de internalizar este conceito, analisar e instrumentalizar formas de aplicação para tomada de decisão em conjunto com as partes interessadas, tendo em vista a necessária presença marcante da responsabilidade social no desenvolvimento econômico e social do País.

REVISÃO DE LITERATURA

A UC não é um tema tão recente, sendo levada pela percepção da necessidade de complementar a capacitação que a universidade tradicional não contemplava. Houve um período de grande expansão e ascensão das UC, seguidas pela queda. Atualmente há uma retomada, porque as empresas percebem os ganhos efetivos que podem obter com essa abordagem (Ramos et al., 2016).

Conforme Vitelli (2003), nos Estados Unidos, algumas UCs foram estruturadas no final dos anos 1950 e início década de 1960, como a Universidade do Hambúrguer do Mc Donald's e o campus de Crotonville da General Eletric. Alperstedt (2001) aponta a expansão das UCs em diversas organizações com foco na capacitação dos empregados.

Em vários países, principalmente nos Estados Unidos, já existe uma série de organizações que vêm buscando a disseminação do aprendizado organizacional de uma maneira inovadora. Estas organizações vêm beneficiando-se dos conhecimentos e habilidades que têm ajudado a promover, a partir da criação de departamentos ou instituições voltados especificamente para este fim. Pode-se citar as empresas Motorola, Arthur Andersen, Arthur D. Little, Disney, McDonald's, Nokia, Oracle e General Electric como organizações que criaram centros de ensino próprios para a condução de atividades voltadas para a aprendizagem, com nomenclaturas específicas, porém, de maneira geral classificadas como UC. Cabe destacar que, além dos Estados Unidos, as universidades corporativas também estão presentes no Canadá, Europa e América Latina (Alperstedt, 2001).

Castro e Eboli (2013) assinalam que, no contexto internacional, têm sido destaques no acompanhamento das melhores práticas e tendências a Corporate University Xchange (EUA) e a Annick Renaud-Coulon [1] (França), responsável pela organização e realização do Global Council [2] of Corporate Universities (GlobalC-CU) e do GlobalCCU Awards, além de ser a referência na França com relação ao tema.

Conforme Silva e Balzan (2007), a expressão “universidade corporativa” surge na década de 1980.

A expressão "Universidade Corporativa" foi criada na década de 1980, nos Estados Unidos, com o aparecimento das primeiras instituições de ensino desenvolvidas por empresas privadas, para complementar a formação profissional de seus funcionários. Apesar de não serem tão recentes, somente a partir dos anos 90 do século passado é que as UCs estabeleceram-se como alternativa no Brasil, conquistaram e adquiriram dezenas de empresas adeptas a essa modalidade de ensino (Silva; Balzan, 2007, p. 235).

O principal ganho é dar sinergia, alinhamento e integração para as iniciativas de capacitação, de modo coeso, consistente e convergente na busca da eficiência no processo final. A essência da UC é usar a linguagem do negócio, não teórica-conceitual vinculada à realidade. Os programas são associados às competências essenciais do negócio, próximo de sua estratégia, que vão ajudar a desdobrar a cultura, os valores, crenças e princípios; fazer valer a cultura pretendida pela organização.

Além disso, Kraemer (2004) indica em que momento se deu o surgimento das UCs.

As universidades corporativas surgiram em momentos de grandes mudanças na sociedade, na educação e na busca de qualificação profissional. Nos Estados Unidos, nos anos 50, 60 e 70, as grandes e pequenas empresas formaram grupos para ensinar aos trabalhadores profissionais como fazer melhor o seu trabalho. Essas infra-estruturas educacionais, dentro das organizações, proliferaram em todo o país e ficaram conhecidas como universidades, institutos ou faculdades corporativas. Tinham como objetivo que os profissionais estivessem a par ou adiante de todos os acontecimentos (Kraemer, 2004, p. 9).

A UC também aborda processos que desenvolvem temas técnicos e operacionais, promove aderência ao negócio e atua com visão ampla para estratégia empresarial. É necessário, ainda, levar em consideração a importância da UC no que tange a capacitar os trabalhadores nos temas voltados para a responsabilidade social, pois tais temas estão ligados à sustentabilidade e competitividade dos negócios da empresa. Segundo Costa et al (2018), cada empresa deve apresentar sua parcela de contribuição para o desenvolvimento sustentável do ambiente em que está inserida. A empresa não é uma unidade isolada que busca lucro, ela é parte da sociedade. Para Becker (2018), a gestão da sustentabilidade é referida não mais como uma tendência meramente mercadológica, mas como um imperativo para sobrevivência tanto das organizações quanto do planeta.

Castro e Eboli (2013, p. 412) acrescentam que “é inegável o papel das UCs no sentido de estimular a cidadania por parte dos funcionários, para que se construam empresas sólidas e competitivas”. Considerando o valor da UC na capacitação da força de trabalho de uma empresa, Cesconetto (2011) argumenta que seu objetivo não é a disputa de mercado junto às universidades tradicionais, mas uma complementação. Enquanto essas fornecem a base conceitual e metodológica aos profissionais, as UCs têm o seu foco no ambiente estratégico dos negócios.

A UC surge em meio às mudanças ocorridas no mundo do trabalho, na busca de evoluir o conhecimento para atender as demandas do próprio negócio. Possui foco específico e volta o olhar para as características do negócio. Normalmente está ligada à gestão e atua no processo de capacitar as lideranças, o que possibilita o autoengajamento dos gestores e amplia o processo de aprendizagem nas novas metodologias de trabalho. De acordo com Alperstedt (2001), a UC é inovadora na operacionalização e no desenvolvimento do aprendizado da força de trabalho de algumas empresas

Diante da ambiência atual, caracterizada pela ampla disseminação de informações e renovação constante de conhecimentos em função do permanente avanço científico e tecnológico, a atualização e o domínio desses fatores podem ser determinantes para a empresa na agregação de valor em produtos e/ou processos, adquirindo um caráter decisivo na disputa por mercados. A iniciativa de criação de cursos próprios, portanto, é motivada por processos de mudança organizacional orientados para a busca de efetividade ou, em outras palavras, é reflexo da imperiosa promoção da aprendizagem organizacional (Alperstedt, 2001, p. 155).

O processo de ensino-aprendizagem é contínuo e dinâmico, tendo como proposta aumentar a produtividade e ocupar a lacuna que a universidade tradicional não cobre (Meister, 1999). A universidade, enquanto formadora de opinião, pode atuar como meio de disseminação da responsabilidade social como valor para o desenvolvimento da cidadania (Leal Filho et al., 2019).

A inclusão da responsabilidade social, desde a elaboração de projetos até a sua conclusão, incluindo em suas etapas a figura de cada profissional, objetiva que cada um perceba a importância desse tema na atividade profissional e na sua vida pessoal. Compreender que, enquanto cidadão, pode contribuir para a sustentabilidade do negócio da empresa, para a melhoria da qualidade de vida e para a preservação do meio ambiente. Nesse sentido, vincular a teoria à prática pode auxiliar na elaboração de links para o mundo real, incentivando-o a pensar em si como cidadão global e, portanto, promover um sentido de responsabilidade social global (Leal Filho et al., 2018).

A UC pode ter participação significativa na internalização dos conceitos de responsabilidade social, levando a força de trabalho a conhecê-la. Nesse sentido, a UC pode para promover maior capacidade de análise crítica e uma formação além da técnica, potencializando ganhos para a organização e o crescimento enquanto cidadão. Por isso a UC é vista como uma unidade organizacional que trabalha na qualificação da força de trabalho mediante um processo de ensino-aprendizagem contínuo que passa pela educação [3], com o objetivo de potencializar os esforços individuais e organizacionais, contornando possíveis lacunas da educação acadêmica dos trabalhadores e stakeholders das organizações (Aires et al. 2017).

O tema deste estudo foca basicamente na relação entre a educação e a UC. Sob esse aspecto, vale abordar o importante papel de alguns educadores que muito contribuíram para o desenvolvimento da educação no Brasil. Um ícone da educação é Anísio Spínola Teixeira, jurista, intelectual, educador e escritor brasileiro, personagem central na história da educação no Brasil nas décadas de 1920 e 1930 Ele entendia que o desenvolvimento econômico, político, social e cultural não adviria apenas da prática de uma intervenção estatal na economia, mas sim de uma reforma no sistema nacional de ensino numa perspectiva de adequação do processo educacional à expansão econômica (Gouvêa, 2018, p. 263). Para ele, um país cidadão tem como objetivo a realização da educação popular com características humanas e solidárias.

Conforme Nunes (2010), Anísio Teixeira não considerou as classes populares urbanas como obstáculos sociais e políticos e, por esse motivo, defendeu a educação como instrumento de superação de uma carência que não é do indivíduo, mas da cultura erudita que lhe faz falta. É percebido em Anísio o esforço que ilumina a complexa batalha pela democratização da cultura e da educação.

A educação foi para ele um valor sagrado. A indiferença inaciana, extremamente ativa e vigorosa nele, foi colocada a serviço da causa pública à qual se dedicou e que o levou não só a enfrentar lutas duras, mas também incluiu uma das mais belas realizações da educação popular no país, já no final da década de 1940: a conhecida escola-parque que, ao lado das classes comuns de ensino, no bairro operário da Liberdade, em Salvador, constituiu uma experiência pioneira no país e internacionalmente reconhecida de educação integral. De novo, uma escola feliz, que reunia às classes comuns de ensino as práticas de trabalho, artes, recreação, socialização e extensão cultural (Nunes, 2010, p. 30).

O grande sonho de Anísio Teixeira foi uma escola bonita, moderna, integral, em que o trabalho pedagógico apaixona e compromete professores e alunos. Uma escola que construa um solidário destino humano, histórico e social. Para Santos (2016), Anísio Teixeira não separa indivíduo e sociedade, pois ambos agem em condições harmônicas com forças de retroalimentação. Para tanto, são as instituições o ápice das experiências humanas em decorrência da formação da inteligência.

Na sua trajetória como educador, vale referenciar que foi o idealizador da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), criada por meio do Decreto nº 29.741, de 11 de julho de 1951, sendo ele designado como secretário-geral (Capes, 2011).

Na galeria dos educadores que tiveram contribuições significativas no desenvolvimento da educação no Brasil, também se encontra o antropólogo, político e escritor Darcy Ribeiro. Conforme Gomes (2010), muito antes de Edgar Morin falar em sociodiversidade, Darcy a abraçava e praticava:

Inquieto, mexia em tudo, era um eterno buscador. Procurava sempre. Não era um intelectual que ficasse somente pensando e escrevendo. Exigia-se realizar. Por isso, se tornou educador e político. Assim, concebia a educação como caminho para a mudança, conforme lhe estava entranhado na alma e conforme o que aprendeu do “Dr. Anísio”, ou seja, o grande filósofo Anísio Teixeira, que não se contentava em filosofar. Por isso mesmo, antes e durante a carreira de Darcy, Anísio mudou a face da educação brasileira (Gomes, 2010, p. 12).

À vista disso, Gomes (2010) alude que Darcy aposta no papel transformador da educação. Afinal, a educação apresenta uma missão conservadora de construir pontes entre gerações, de socializar crianças e jovens de acordo com padrões não futuros, mas presentes, aqueles que têm força social efetiva.

Dentre suas realizações na área da educação, participou, ao lado de Anísio Teixeira, da criação da Universidade de Brasília, sendo também o idealizador da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), que a partir de 2001 teve o seu nome incorporado, passando a chamar-se Universidade Federal do Norte Fluminense Darcy Ribeiro.

É preciso ressaltar, ainda, a importante contribuição de Paulo Freire na educação brasileira. Para Beisiegel (2010), Paulo Freire compreendia a educação como sendo fundamentalmente um processo de conscientização. Sua insistência foi em defender a necessidade de um ensino realizado através do diálogo, em atividades de grupo, com o incentivo à participação e ao exercício da reflexão crítica. Na aplicação do seu método de alfabetização, o educador procurava realizar tudo aquilo que defendera para uma educação condizente com as exigências da atualidade brasileira (Beisiegel, 2010).

O professor pernambucano Paulo Freire (1921-1997), um dos maiores pensadores da história do Brasil, defendia transformações radicais para a educação. Entre suas inúmeras contribuições estava a necessidade de valorizar o conhecimento popular, integrando-o à pedagogia.

Defensor incansável de um ideário democrático, Freire acreditava que a educação era a maior das armas contra a opressão e que a autonomia dos educandos deveria ser a principal conquista do fazer educativo. Para ele não existe ensino sem aprendizagem, em uma relação interdependente, de profundo respeito entre educador e educando (Centro de Referências em Educação Integral, 2017). Somente o diálogo, que implica em um pensar crítico, é capaz de gerir a educação (Freire, 1970).

Sem o diálogo, não há comunicação e sem esta não há verdadeira educação. A que, operando a superação da contradição educador-educandos, se instaura como situação gnosiológica, em que os sujeitos incidem seu ato cognoscente sobre o objeto cognoscível que os mediatiza (Freire, 1970, p. 47).

Mediante a contribuição dos educadores apresentados, verifica-se que eles têm em comum a defesa da educação inclusiva. Em seu tempo, muitas conquistas foram alcançadas e, no decorrer da história, o desenvolvimento ocorrido no mundo do trabalho, na economia, o avanço das novas tecnologias e na comunicação apontam para novas temáticas que precisam ser estudadas e trabalhadas.

Fato é que em decorrência das mudanças ocorridas atualmente, que se caracterizam por níveis de complexidade e contradição, a pressão de uma sociedade mais exigente na busca de melhores condições de vida impulsiona as empresas a repensar seu olhar para questões importantes como a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável. É mister agir de forma responsável com base no entendimento de que o que fazemos hoje pode ter implicações futuras para a vida das pessoas e para o planeta (UNESCO, 2017).

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a educação deve preparar indivíduos e comunidades para as tensões geradas por tais mudanças, tornando-os capazes de se adaptar e de responder a elas (UNESCO, 2016). A educação é essencial para desenvolver as capacidades necessárias para expandir as oportunidades de as pessoas viverem de maneira significativa, com respeito à igualdade e à dignidade. Uma visão renovada da educação deve promover o desenvolvimento de pensamento crítico, julgamento independente e debate (UNESCO, 2016).

Com o advento das grandes transformações políticas, econômicas, científicas, sociológicas e culturais que emergiram nos últimos 30 anos, essas mudanças geraram novas necessidades que não são tratadas no sistema educativo regular. Por conseguinte, segundo Renaud-Coulon (2013):

Graças ao seu pragmatismo, os empregadores decidiram fazer o que as universidades não sabiam ou não podiam fazer. Assim, desenvolveram estratégias de substituição para preencher o vazio com o qual se depararam e foi assim que surgiram as universidades corporativas (Renaud-Coulon, 2013).

As UCs são estruturas internas desenvolvidas dentro das organizações, quer sejam públicas, privadas ou mercadológicas. Seu objetivo é, através da educação, potencializar a performance global das organizações em todas as suas dimensões: humanas, econômicas, financeiras, sociais, ambientais, tecnológicas e de comunicação. Dessa forma, as UCs atuam como espaços de aprendizagem, informação, comunicação, compartilhamento, confrontação e mediação. São espaços de democratização da gestão, que se centram na inteligência coletiva da organização e nas soluções de negócios (Renaud-Coulon, 2013).

Desde a sua criação nos Estados Unidos, no século passado, as UCs não pararam de crescer em todo o mundo. Existem cerca de 4 mil instituições deste tipo no planeta, e cada vez mais elas têm surgido em países emergentes e em organizações de pequeno e médio porte (Renaud-Coulon, 2013).

Educadores da academia e das corporações entendem que um sistema educacional pode ser chamado de transformador somente se atuar firmemente para sanar os problemas sociais, promover a inclusão e apoiar a diversidade (Eboli et al., 2018).

Na empresa estudada não há uma política de responsabilidade social e observam-se dificuldades para o envolvimento das lideranças com o tema. Em virtude dessa problemática apresentada, tem-se como questão da pesquisa: que ações educacionais relacionadas à responsabilidade social podem ser providas pela UC com o propósito de disseminar competências, habilidades e comportamento socialmente responsável?

O objetivo do estudo foi identificar de que maneiras a UC pode contribuir para a promoção da responsabilidade social no ambiente de trabalho.

METODOLOGIA

Com base em uma revisão da literatura (Quadro 1), foi elaborado como instrumento de coleta de dados um questionário de avaliação dos temas relacionados à responsabilidade social, para os quais devem ser desenvolvidos indicadores proativos para o monitoramento de resultados.

Quadro 1. Fundamentação teórica para as questões do questionário.

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As questões foram formatadas com respostas do tipo escala de Likert, contendo três opções para medir o grau de relevância e três para medir o grau de implementação conforme indicado no Quadro 2.

De acordo com Dalmoro e Vieira (2013), as escalas Likert com 7 pontos trazem maior precisão e confiabilidade aos resultados encontrados, entretanto exigem amostras maiores quando comparadas com escalas de 3 ou 5 pontos, por exemplo. Não obstante, as escalas menores, 3 ou 5 pontos, também garantem um nível de confiabilidade adequado e uma menor exigência em relação ao número de respondentes

Quadro 2. Escala Likert usada na pesquisa

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Para conhecer a percepção corporativa de responsabilidade social da empresa, foi desenvolvida uma pesquisa descritiva, contendo questões conceituais (7 a 9) e assertivas (10 a 26), com base na revisão de literatura. Ao término do prazo estabelecido e reenvios do instrumento, a pesquisa foi encerrada e os dados foram analisados de forma descritiva.

RESULTADOS

A pesquisa foi realizada nos meses de novembro e dezembro de 2017, com 46 empregados de unidades administrativas e operacionais da empresa estudada, haja vista que exercem suas atividades profissionais na diretoria corporativa, considerando que a sua interação com as demais pode ser um importante instrumento de disseminação dos conceitos da responsabilidade social.

Para identificar o perfil dos entrevistados, eles foram categorizados segundo os seguintes critérios: gênero, escolaridade, área de atuação, nível organizacional, área da empresa e tempo de serviço.

Foram observados os seguintes pontos: a) maior participação feminina; b) a maioria possui escolaridade ao nível de pós-graduação; c) a área de atuação Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) teve maior número de representantes; d) maior aderência dos profissionais que não exercem cargo de chefia; e) a área administrativa da empresa teve mais representatividade; f) os maiores tempos de serviço foram de empregados entre 10 e 15 anos (Figura 1).

Figura 1. Perfil dos respondentes

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Para o desenvolvimento do tema estudado, foram apresentadas 26 questões com a finalidade de obter um parecer acerca do objetivo da pesquisa. A primeira seção retrata o perfil dos entrevistados.

Seguidamente, elaborou-se três questões conceituais com o propósito de verificar a opinião dos participantes sobre responsabilidade social, ética e obrigações legais, conforme apresentado na Figura 2.

Figura 2. Questões conceituais

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Os resultados das questões conceituais (7, 8 e 9) mostram alguma identificação dos respondentes com o tema responsabilidade social, indicam buscar e ampliar os conhecimentos que possuem sobre ele. Quanto a obrigações legais, acreditam que a empresa cumpre a maioria das normas e promove outras ações. Além disso, consideram a ética como base da fundamentação do relacionamento humano. É oportuno suscitar a responsabilidade social de modo que promova o bem-estar do público interno e externo (Asheley, 2005), haja vista que corrobora para o exercício da cidadania, sustentabilidade dos negócios e preservação do meio ambiente.

Em consonância com a revisão da literatura foram abordados temas como: cultura organizacional, desenvolvimento e capacitação, comprometimento da liderança, UC, educação a distância para conhecer a percepção da importância da disseminação da responsabilidade social e o papel da UC nesse contexto, enquanto unidade formadora de opinião e análise crítica.

Foi solicitado aos respondentes que analisassem as assertivas relacionadas no instrumento (10 a 26) e que dessem seu parecer quanto à importância da disseminação da responsabilidade social, de acordo com a percepção deles, a partir da contribuição da UC na capacitação corporativa. Com base nas respostas obtidas, apresentamos a análise dos resultados na Tabela 1.

Tabela 1. Análise descritiva da percepção dos respondentes sobre as assertivas (%)

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A disseminação da responsabilidade social por meio de soluções educacionais obteve 71,74% para o grau de alta relevância, sendo um desafio a inserção desse tema no portfólio da UC enquanto responsável pela capacitação. Cabe considerar que a educação a distância é uma importante modalidade de ensino e teve seu percentual de implementação diagnosticado como parcialmente implementado. Isso denota que essa importante ferramenta precisa ser mais explorada.

O resultado da pesquisa procurou verificar a percepção corporativa da RS sob o olhar da UC. Com base nas respostas, destaca-se o alto índice do público consultado que reconhece a importância da responsabilidade social e a necessidade de disseminar e fortalecer a cultura organizacional da empresa. A Figura 3 sintetiza os indicadores do grau de relevância e implementação dos dados coletados.

Figura 3. Demonstrativo do grau de relevância e implementação

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Elaborado pelos autores

É possível identificar que a percepção dos respondentes vai ao encontro do objetivo proposto do trabalho, dado o alto grau de relevância obtido para índices significativos, como: comprometimento dos gestores sobre responsabilidade social (84,78%); comprometimento dos empregados a partir de um ambiente democrático e participativo (84,44%); e disseminação adequada da visão/missão e valores (82,22%).

Com relação à implementação total, alguns pontos carecem de melhoria, como refletem os graus de implantação obtidos em alguns quesitos: aborda disseminação adequada da visão/missão e valores (33,33%); a importância da UC como importante órgão de capacitação (27,27%); e o acesso à informação como forma de desenvolvimento pessoal e profissional (22,22%).

CONCLUSÃO

Sob a ótica do objetivo de identificar formas de atuação para que a UC promova a disseminação e fortalecimento da cultura da responsabilidade social, cumpre observar que a promoção de parcerias com instituições públicas e privadas, como universidades, escolas técnicas, museu e teatro, podem trazer significativos resultados através de programas culturais e educacionais, indicando que pode ser um importante veículo de disseminação do tema.

Os respondentes auxiliaram a perceber como soluções educacionais podem contribuir com a inserção da responsabilidade social na cultura organizacional da empresa. A melhor opção para compreender esse processo é considerar que o comprometimento do gestor (nas diversas escalas hierárquicas) pode e precisa ser um elemento motivador, no seu contexto laborativo, na disseminação da responsabilidade social como conceito transversal às diversas atividades da empresa.

Os resultados dessas ações se fazem necessários, haja vista que a responsabilidade social é a adoção de posturas e mudanças comportamentais esperadas dos diversos segmentos da sociedade e do cidadão, pois a sociedade tem se tornado mais exigente na busca por minorar as desigualdades sociais.

Diante do exposto, o que se pretende é contribuir para que a responsabilidade social seja internalizada na cultura organizacional, de tal forma que se torne um elemento imprescindível no exercício das atividades e que seja inserida na elaboração de projetos, tendo em vista a sua multidisciplinaridade, permitindo, assim, a migração do discurso para a prática.

Do ponto de vista acadêmico, este trabalho não teve como intenção finalizar um tema complexo e relevante, mas sim contribuir para a continuidade da discussão e do avanço de estudos que contribuam para disseminação e internalização da responsabilidade social, não apenas na empresa estudada, mas na perspectiva de contribuir com pesquisas nas múltiplas áreas de atuação (pública, privada, acadêmica etc.).


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[1] Annick Renaud-Coulon - Expertise e redes no campo das universidades corporativas. Especialista mundial em universidades corporativas. Fundador e Presidente da GlobalC-CU, (Conselho Global de Universidades Corporativas). Membro do Conselho Consultivo da CLO Summit India. Disponível em: http://www.renaud-coulon.com/ Acesso em: 11 set.2017.

[2] O Prêmio Global Council of Corporate Universities foi instituído em 2008; é realizado a cada dois anos e tem como objetivo o reconhecimento das melhores universidades corporativas em todo o mundo. Esse evento permite o compartilhar de experiências através de um extenso benchmark mundial, de modo a permitir o aperfeiçoamento do desempenho das lideranças e o de suas equipes. Disponível em: http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2013/09/annick-renaud-coulon-explica-o-papel-das-universidades-corporativas.html. Acesso em: 11 set. 2017.

[3] No Dicionário Michaelis encontram-se as definições: 1 Ato ou processo de educar(-se); 2 Processo que visa ao desenvolvimento físico, intelectual e moral do ser humano, através da aplicação de métodos próprios, com o intuito de assegurar-lhe a integração social e a formação da cidadania. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/educa%C3%A7%C3%A3o


Recebido: 16 out. 2019

Aprovado: 17 ago. 2020

DOI: 10.20985/1980-5160.2020.v15n3.1583

Como citar: Silva, R. A. D. (2020). A contribuição da universidade corporativa na disseminação da responsabilidade social. Revista S&G 15, 3, 201-212. https://revistasg.emnuvens.com.br/sg/article/view/1583