O objetivo deste trabalho é verificar a existência de restrições financeiras para o investimento no Brasil e o efeito específico do tamanho da empresa sobre isso. Modelos dinâmicos de investimento são estimados para um painel de dados composto por observações anuais de 289 empresas brasileiras não financeiras para o período 1995-2006. Os resultados mostram que a empresa brasileira enfrenta dificuldades financeiras, uma vez que tem o seu investimento dependente de fundos gerados internamente. O tamanho da empresa mostrou ser, efetivamente, um importante determinante de situações de restrições financeiras. Empresas de menor porte têm sua política de investimento mais sensível ao fluxo de caixa do que as maiores. No nível da empresa, nossos resultados sugerem a necessidade de avanços na evidenciação de informações como forma de minimizar problemas de informação assimétrica. Ao nível de políticas nacionais, o avanço adicional no ambiente institucional também pode ser importante para minimizar as restrições financeiras das empresas brasileiras.